El Necio

de Yoruba Andabo

Ogum
Vem desatar os cativeiros
Consola o preto velho aflito
Correntes em seus tornozelos

Se a vida passa eu quero ser
Vento que ultrapassa a grade
E passa pelo carcereiro

Se a vida passa eu sou um vento
Que seca as lágrimas
Poderosas de Iansã

Ogum

Chora, chora chora
Chorava, mas não chora mais

Eparrei

Chora, chora, chora
Chorava, mas não chora mais

Lerelere

Vim pra saudar
Os cativeiros de aruanda
Yoruba na guerra vence a demanda
Yoruba na guerra vence a demanda

Lerelere

Saudade
Lugar frio de se viver
A tristeza a florescer
No Jardim do peito

Saudade
Lugar frio de se viver
A tristeza a florescer
No Jardim do peito

Sou um beija flor
Em primavera amarga
Lágrimas de mãe são espadas
Desembanhadas pelas mãos de Ogunhê

Ai, de quem o sangue derramar
A liberdade privar
Ai, de quem o sangue derramar
A liberdade privar

Eu sinto pena
Das asas que não têm pena
E impedem outras asas
De voar

Lerelere

Eu sinto pena
Das asas que não têm pena
E impedem outras asas
De voar

Lerelere

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