Brecha

de Tassia Reis

Quer tentar me tirar o gozo
Me privar de um jeito horroroso
Quer pisar no meu pescoço
Arrumar um jeito de me apagar
Duvidar do que escrevi com gosto
Comparar para o meu desgosto
Exaltar todo o meu oposto
Arrumar um jeito de me apagar

Mas te exponho, pois seu sonho
Mais medonho, é me ver vencer
Me detesta e não presta
Até fez festa pra me assistir morrer
Mas sou brecha, a porta não fecha
Minha voz é flecha, e acertou você
Não se ofenda, se eu sou fenda
Se arrependa de não reconhecer

Quer tentar me tirar o gozo
Me privar de um jeito horroroso
Quer pisar no meu pescoço
Arrumar um jeito de me apagar
Duvidar do que escrevi com gosto
Comparar para o meu desgosto
Exaltar todo o meu oposto
Arrumar um jeito de me apagar

Sejamos francos, amigos brancos
Vocês são tantos
Eu nem boto fé
Sempre prontos pelos flancos
Se fazem tontos
Mas quase ninguém é
Não se oponha a tal canto
Pois meu pranto, quase virou maré
Sem espanto ou nem conto
Se você liga tanto
Caminhe com meus pés
Quer tentar me tirar o gozo
Me privar de um jeito horroroso
Quer pisar no meu pescoço
Arrumar um jeito de me apagar
Duvidar do que escrevi com gosto
Comparar para o meu desgosto
Exaltar todo o meu oposto
Arrumar um jeito de me apagar
Mas não vai

Quer tentar me tirar o gozo
Me privar de um jeito horroroso
Quer pisar no meu pescoço
Arrumar um jeito de me apagar
Duvidar do que escrevi com gosto
Comparar para o meu desgosto
Exaltar todo o meu oposto
Arrumar um jeito de me apagar

O bagulho é o seguinte
Dezenove não é vinte
Tentar não é conseguir, entendeu?
Vai tentando daí
Que eu vou vivendo daqui, certo?
E vamo que vamo

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