Valerie
de Samara
Toda vez que eu
Vou tomar meu banho
É uma tortura
Sem querer, eu vejo
A toalha que enxugava
O corpo dele
A água do chuveiro
Vai se misturando
Com meu triste pranto
E neste dilema
O tempo vai passando
E eu aqui sem ele
Ligo a vitrola
Ouço a mesma música
Que ele gostava
Bebendo e fumando
Eu vou repetindo
A mesma canção
E assim eu vou
Vivendo ausente
Do homem querido
Razão da minha vida
Dono do meu coração
Guardo a toalha dele
Com muito carinho
Tendo a impressão
Que não estou sozinha
Na realidade é pura ilusão
Toalha, o corpo lindo dele
Você enxugava
Antes e depois
Que a gente se amava
Por isso eu te guardo
De recordação
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