Leila Diniz

de Martinho Da Vila

Ai que saudade da beleza democrática
Ai que saudade do sorriso progressista
Ai que saudade de ouvir certas verdades
Que a burguesia sempre pensa mais não diz
Ela era crooner de uma orquestra sistemática
Feita de loucos de poetas e porristas
Era a estátua nacional da liberdade
Ditando a lei do ventre livre no país
Aquelas noites eram feias, eram trágicas
Mais sua luz anunciava o diretriz
Comportamentos mais abertos transparentes
Pra nossa gente ser mais gente e mais feliz
Hoje a saudade escreve os versos neste samba
Que é um dos sambas mais sentidos que eu já fiz
Esta saudade tem um nome
E um sobrenome
Esta saudade é uma mulher
Leila Diniz

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