Fim

de Duarte

Nos mistérios de Lisboa
No teu corpo, nos teus olhos
Uma aurora que desponta
Brancas asas, brancas vozes
Do Chiado à Madragoa

Se viesses outra vez
Ter comigo nos meus sonhos
Pesadelo de brancura
Meu mistério de Lisboa
Sempre que se põe o Sol

Se tu agora viesses
Meu mistério de Lisboa
Só a saudade que resta, daquilo que fui outrora
Se tu agora viesses
Meu mistério de Lisboa
Só a saudade que resta do
Sentir da nossa pele

Sempre que chove em
Monsanto
Pelas ruas mais escuras
No coração que ficou
Tão gelado ao pé de ti
Como sempre como dantes

Nossos antigos pecados
Nossas sombras mais escuras
Nos mais escondidos recantos
Como sempre como dantes
Meu mistério de Lisboa

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