Jazz

de Cristina Branco

Acendem-se os olhos do dia
Um Sol feito de água e janelas
Nas ruas e praças, na cal e na pedras
N cais que abrigou caravelas

Do alto das tuas muralhas
É todo o teu corpo que eu vejo
Vestido de claro, de azul e gaivotas
E os olhos no espelho do Tejo

Ai céu que encandeia os meus olhos
Ai estrelas nos olhos do dia
Ai margens que nos contam histórias
Do mar que ninguém conhecia
Ais naus de aventura
Com anjos na proa
Nos portos da minha alegria

No chão feito de preto e branco
Da calçada à portuguesa
Demoro o olhar, escrevo o teu nome
De dona do mar e princesa

Ais naus de aventura
Com anjos na proa
É assim que te vejo, Lisboa

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