As mãos que trago - Inédito. Remasterizado, 2010

de Amália Rodrigues

Foram montanhas, foram mares
Foram os números, não sei
Por muitas coisas singulares
Não te encontrei, não te encontrei
E te esperava, te chamava
E em teus caminhos me perdi
Foi nuvem negra, maré brava
E era por ti, e era por ti!

As mãos que trago, as mãos são estas
Elas sozinhas te dirão
Se vem de mortes ou de festas
Meu coração, meu coração
Tal como sou, não te convido
A ir esperar onde eu for
Tudo o que eu tenho é haver sofrido
Pelo meu sonho alto e perdido
E o encantamento arrependido
Do meu amor, do meu amor!

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