Maceió
de Almir Sater
Naquele estradão deserto,
Uma boiada descia
Pras bandas do Araguaia
Pra fazer a travessia.
O capataz era um velho
De muita sabedoria,
As ordens eram severas
E a peonada obedecia.
O ponteiro, moço novo
Muito desembaraçado,
Mas era a primeira viagem
Que fazia pra esses lados;
Não conhecia os tormentos
Do Araguaia afamado,
Não sabia que as piranhas
Era um perigo danado.
Ao chegarem na barranca
Disse o velho boiadeiro:
Derrubemos um boi n'água
Deu a ordem ao ponteiro.
Enquanto as piranhas comem
Temos que passar ligeiro,
Toque logo esse boi velho
Que vale pouco dinheiro.
Era um boi de aspas grandes
Já roído pelos anos,
O coitado não sabia
Do seu destino tirano.
Sangrando por ferroadas
No Araguaia foi entrando,
As piranhas vieram loucas
E o boi foram devorando.
Enquanto o pobre boi velho
Ia sendo devorado
A boiada foi nadando
E saiu do outro lado.
Naquelas verdes pastagens
Tudo estava sossegado.
Disse o velho ao ponteiro
Pode ficar descansado.
O ponteiro revoltado
Disse que barbaridade
Sacrificar um boi velho
Pra que essa crueldade?
Respondeu o boiadeiro
Aprenda esta verdade
Que Jesus também morreu
Pra salvar a humanidade
Más canciones de Almir Sater
-
Tocando Em Frente (Ao Vivo)
Almir Sater Ao Vivo
-
Tocando em Frente
Ensaio
-
Comitiva Esperança
Ensaio
-
A Saudade É uma Estrada Longa
Coleção Almir Sater, Vol. 1
-
Cabecinha No Ombro
Caminhos Me Levem
-
Um Violeiro Toca
Ensaio
-
Um violeiro toca
Rasta bonito
-
Chalana
Ensaio
-
Toque de Viola
Ensaio
-
No Rastro da Lua Cheia
7 Sinais
-
Trem do Pantanal
Doma
-
Moura
Ensaio
-
Peixe Frito
AR
-
Cabelo Loiro
Ensaio
-
Do Amanhã Nada Sei
Do Amanhã Nada Sei
-
Eu Sou Mais Do Que Sou
Do Amanhã Nada Sei
-
Angu Com Caroço
Do Amanhã Nada Sei
-
Portão Preto
Do Amanhã Nada Sei