Interpol

de Alain Goraguer

Sem eira e nem beira
É a sina de Mariá
É um queira ou não queira
É sem hora e sem lugar

Com tantas histórias
De rir ou se arrepiar
Vai lendo o destino
Que faz e escreve ao passar
Onde está Mariá?

Deitada na areia
Agitam-se as ondas do mar
Virando sereia
Se esquiva e vem te encantar

A libertação
Fez a lenda de Mariá
Qualquer cidadão
Inventa um causo e vem contar
Onde está Mariá?

Diz que foi na poeira
Veio um lobisomem e a levou
Que ao virar feiticeira
Um tal capelão carregou

Foi carpideira no agreste
e foi bailarina no sul
Que ateou fogo às vestes
Que a viram voando no azul

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